lunes, 31 de mayo de 2010

Entrevista en el 'Jornal de Noticias' durante mi reciente visita a Portugal

"Igreja usa uma política de avestruz"

Eric Frattini critica actuação da Igreja Católica no caso dos abusos sexuais sobre crianças

Ontem

FÁTIMA MARIANO

Jornalista, romancista, ensaísta, professor universitário e em academias de Polícia e analista político, o peruano Eric Frattini lançou, este semana, em Portugal, o seu mais recente livro.

O Labirinto de Água conta a história de uma jovem arqueóloga a quem a avó moribunda revela a existência de um manuscrito antigo guardado na caixa-forte de um banco americano. Enquanto parte em busca do conteúdo desse documento, os serviços secretos do Vaticano tentam, a todo o custo, evitar que ela torne pública a mensagem contida no manuscrito. Ponto de partida para uma conversa sobre Deus, Jesus Cristo, Vaticano e a Igreja Católica.

Começo por perguntar: é católico?

Era. Tenho 46 anos e tive uma educação católica, mas há 10 anos que deixei de o ser.

Porquê?

Vi demasiadas coisas. Vivi 17 guerras como jornalista e, em alguns momentos, perguntei-me se Deus estava de férias. Por isso, deixei de ser crente.

É também por isso que se dedica tanto a investigar o Vaticano?

Eu escrevo sobretudo sobre a história e a política do Vaticano. É importante sabermos diferenciar o Papa enquanto cabeça da Igreja Católica e o Papa enquanto chefe de um Estado muito poderoso, que é o Estado do Vaticano. E isto não é entendido pela maioria das pessoas.

Quais são as suas principais preocupações relativamente ao Vaticano?

Quando estava a preparar o livro A Santa Aliança - Cinco Séculos de Espionagem no Vaticano, um alto membro da Cúria Romana disse-me que, para a Igreja Católica, tudo o que não é sagrado é secreto. E, de facto, têm mantido em segredo questões muito importantes para a História. Estão classificados, por exemplo, todos os documentos referentes à actuação do Vaticano durante a Segunda Guerra Mundial (um assunto tabu) e estes nunca serão desclassificados. Foi necessário esperar por João Paulo II para termos acesso ao processo de Galileu ou ao dos Templários, que contém documentos interessantes para muitos investigadores.

Porquê todo este secretismo?

Creio que o Vaticano e a Igreja Católica sobreviveram estes dois mil anos principalmente porque souberam defender muito bem os seus segredos. É preciso não esquecer que a Igreja sobreviveu a revoluções, a cismas, ao comunismo, ao capitalismo, ao protestantismo, ao luteranismo, sobreviveu a tudo. Isto porque tem tido sempre aquilo a que chamo uma "política de avestruz": coloca a cabeça debaixo da terra e espera que passem os leões e que não levem o resto do corpo. É assim que tem sobrevivido.

Começa O Labirinto de Água com a história do Evangelho de Judas Iscariotes.

Sim, é um documento que foi descoberto nos anos 70. Este livro está dividido em três partes: a da realidade, a da ficção e a da parte real que eu ficciono. O leitor deve entender O Labirinto de Água como um livro de ficção. A novela começa com a Última Ceia, antes da qual Jesus Cristo fala a sós com Judas Iscariotes e lhe revela algo. Imediatamente a seguir, acontece a famosa traição. A cena seguinte passa-se 60 anos mais tarde, quando Judas vive já em Alexandria e está às portas da morte, e tem como ajudante um dos seus discípulos, Eliezer, a quem conta o que Jesus lhe tinha contado antes da Última Ceia. Este escriba escreve depois uma carta, a "Carta de Eliezer" (que é ficção), escrita em aramaico siríaco, e que é traduzida por uma das personagens.

Consultou o Evangelho de Judas?

Sim. O documento está numa fundação, em Genebra, e toda a restauração foi financiada pela National Geographic, juntamente com uma fundação suíça. Os trabalhos já terminaram e imagino que brevemente será exposto no Egipto, no Museu Copta.

O documento não é reconhecido pela Igreja Católica?

Vamos ver. Ainda são poucos os católicos que sabem da sua existência. No ano 180, Irineu de Leão, um dos grandes homens da religião, foi quem decidiu que livros sagrados iriam integrar a Bíblia e quais o que seriam considerados hereges, nos quais estava incluído o Evangelho de Judas. Mas, graças a Deus, muito chegaram aos nossos dias, como o Evangelho de Maria ou o Evangelho Secreto de Marcos, que fala da possível homossexualidade de Cristo. Até entendo porque são considerados hereges, pois a mentalidade de um cristão do século II não é a mesma de um cristão do século XXI. Uma das maiores críticas que faço à Igreja Católica é a de como é possível, em 19 séculos, nunca ninguém ter proposto a revisão dos textos, quando existe no Vaticano a Congregação dos Textos Sagrados.

Por que é que a Igreja não aceita a homossexualidade ou o preservativo?

Porque são temas tabu. Depois de ter sido escolhido para Papa, o primeiro documento que Bento XVI assinou, que é secreto e é dirigido ao clero, tem mais ou menos este título: "Ordem dos seminários para o futuro ingresso de membros da Igreja para evitar que possam aceder à Igreja os sacerdotes que são claramente homossexuais ou com ideologia gay". Estamos a falar do ano 2006.

Qual a sua opinião sobre os casos de abuso sexual praticados por membros da Igreja?

Sou muito crítico em relação à posição que a Igreja Católica adoptou sobre os casos de abuso sexual de crianças. O primeiro Papa que dá início à conspiração de silêncio é João XXIII, que escreveu um documento de 32 páginas, através do qual dá instruções aos altos membros da Cúria de como esconderem todos os casos de abuso sexual sobre crianças ou seminaristas, nos seminários ou nas paróquias, cujos autores devem ser tratados como pecadores e não como delinquentes.

Algumas pessoas dizem que tudo não passa de uma campanha contra Bento XVI.

Não creio que seja isso. Graças a Deus, agora temos meios de comunicação livres e temos a Internet.

viernes, 14 de mayo de 2010

'Los Espías del Papa' y 'El Laberinto de Agua' en el puesto 2º en Polonia y en el puesto 3º en Portugal

Los Espías del Papa, editado por la editorial Swiat Ksiazki, se ha colocado en el puesto 2º de los más vendidos en Polonia, con tan sólo dos semanas a la venta.


Durante los últimos 442 años de nuestra historia, desde el pontificado del papa Pío V al papa Benedicto XVI, los agentes del servicio de inteligencia del Estado Vaticano, conocido en su origen como “La Santa Alianza” y actualmente como “La Entidad”, han defendido los intereses económicos, políticos y religiosos del país más pequeño y también uno de los más poderosos del mundo. Para ello asesinaron, conspiraron, envenenaron, robaron, difamaron o mintieron en el nombre de Dios, y por orden suprema del Sumo Pontífice de Roma.


También la novela El Laberinto de Agua, editada por Porto Editora, se ha situado en el puesto 3º de los más vendidos en Portugal, tras una amplia campaña de promoción por parte de la compañía editorial.


Los próximos días 25 y 26 de mayo, estaré en Lisboa para hacer una presentación de la novela a los medios de comunicación de Portugal y una presentación pública en El Corte Inglés de Lisboa. La presentación correrá a cargo del famoso escritor portugués de novelas de misterio, Luis Miguel Rocha.

La novela se inicia cuando Afdera Brooks acude al lecho de muerte de su abuela, una excéntrica millonaria, coleccionista de obras de arte, y recibe como legado las pistas para llegar a una caja de seguridad de un banco americano donde se custodia un manuscrito que puede hacer que se tambaleen los cimientos de la Iglesia. Afdera emprende un viaje por medio mundo para desentrañar el contenido de ese misterioso documento. La joven no sabe que está en el punto de mira del maléfico cardenal Lienart, quien hará lo imposible para que la verdad que se esconde en el maltrecho pergamino no salga nunca a la luz.

domingo, 9 de mayo de 2010

Entrevista del 'El Periódico de Aragón' sobre mi libro 'Los Papas y el Sexo'

Eric Frattini: "La Biblia está repleta de versículos sobre sexo y violencia"

Presentó en Zaragoza un libro que causará escándalo: `Los Papas y el sexo´. Así ha habido hasta 22 Papas homosexuales y 14 casados. Eric es historiador experto en temas vaticanos y servicios secretos.


05/05/2010 Joaquín Carbonell
--¿Un peruano investigando al Vaticano?

--Pues por casualidad. Iba a escribir una historia sobre la oficina de la CÍA y al investigar en el cuartel general de la Agencia, me encontré 11 páginas sobre el Servicio de Inteligencia del Vaticano. ¿Tiene servicio de inteligencia?, me pregunté.

--Y eso le pregunto yo...
--Lo tiene. Así que le propuse a mi editorial escribir un ensayo sobre el tema y salió La Santa Alianza. Desde entonces no he cesado de trabajar sobre esos asuntos.

--Es un mundo fascinante.
--Claro. Salvo en Italia. En Italia es tabú todo lo relacionado con el Vaticano. Las críticas que he recibido sobre mis libros siempre han procedido de Italia.

--¿Cómo definiría en cuatro líneas al Vaticano?
--Es el Estado más pequeño del mundo con altísimo poder, en el que se guardan los mayores secretos desde hace dos mil años.

--¿No se conoce todo?
--Yo calculo que se conoce tan solo un 1%. Existen dos dependencias fundamentales: la Biblioteca Vaticana, que es abierta y el Archivo Secreto, al que solo pueden acceder el Papa, cardenales, ciertos obispos y poco más. Guarda secretos como el ahora desvelado sobre Galileo, los Templarios o las relaciones con el III Reich, que nunca se conocerán.

--Es estremecedor...
--Bueno, gracias a ese velo de oscuridad tienen tanto éxito autores como Dan Brown. Ten en cuenta por ejemplo, que hasta Juan Pablo II, el entierro de un papa era secreto...

--¿Por qué causa tanta obsesión a la Iglesia todo lo relacionado con el sexo?
--Si miras la Biblia, verás que está repleta de documentos sobre el sexo y la violencia. Hay 1.106 versículos que hablan de formas de matar. 515 versículos sobre masacres y asesinatos. 787, con casos de venganza. 96 versículos versan sobre sexo: violaciones, maltrato a la mujer, trato con las concubinas... Ese es el origen de la religión católica.

--Hay mucha hipocresía sobre ese tema, ¿no cree?
--Desde el Concilio de Letrán han aprendido que el sexo es el gran cáncer de la religión católica. Yo investigué casos de pederastia en las religiones protestante, mormona o en otras, y me di cuenta de que no hay, no existe un solo caso...

--Es decir, para usted pederastia y celibato tienen relación.
--Sin ninguna duda.

--Me decía que los Papas han tenido relación con el sexo.
--Mira, ha habido 14 Papas casados; 22 declarados homosexuales; uno zoofílico, que fue Benedicto IX, que fue Papa con 14 años. Ha habido Papas incestuosos, proxenetas, violadores...